terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Na agonia da doença



O que sinto na alma não se espelha nas palavras que verbalizo. 
O que sinto na alma ganha vida nos apertados gritos mudos que se engrandecem espontaneamente.
Carrego em mim a  insustentável leveza da agonia que teima em atormentar os meus dias, que dá luz aos meus suspiros e que procura desesperadamente conforto no meu espírito
Traída pelo forte abraço da doença, que fria e impiedosamente me mantém refém, refuto com um grito silencioso. Sinto-te a deambular pela minha alma, tentando firmar  raízes como quem crava estacas. Seduzes-me com uma coroa de espinhos, mas eu, com um toque mágico transformo-a num elegante chapéu florido e caminho pela doce verdura da manhã, evocando as musas e cantando a vida. 
No meu doce e árduo caminho, vou parando e desafio-te para comemoramos a vida, numa valsa rodopiante brindo ao Amor, com Força, com Coragem, com Esperança. E tu, não aguentas a dança da Vida!… enfadada, padeces no chão! Eu continuo o meu caminho. cantando o hino da Vida com alegria e emoção.
Gelas-me o corpo, mas não a alma!

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Lindas palavras! Dura batalha esta a nossa... É o desejo de vencer, de continuarmos presas à vida, de termos tempo para fortalecer os laços das relações que fazem de nós o que somos... o que nos faz viver estes momentos na agonia! Que a Esperança, a Fé e a Força não abandonem um só segundo da tua, da minha, da nossa luta!

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  3. Ana,

    Linda mensagem a tua e acredita minha querida a Esperança, a Fé e a Força não nos vão abandonar nesta luta tão desigual. Mas acredito que iremos sair vencedoras deste período tão conturbado das nossas vidas.

    Um grande beijinho

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