Foi durante o mês de Setembro, do passado ano, que com uma rotineira ida ao médico, começou este fandango. Tentei, a bem ou a mal, partilhar aqui um bocadinho, o testemunho na primeira pessoa do que realmente significa ter cancro. Muito foi dito e tudo mais ficou por registar. O primeiro baque, ter que contar à família, aos amigos. O turbilhão de sentimentos, medo, angustia, revolta, raiva, força, esperança, coragem, fé. Tudo à mistura, um verdadeiro cocktail. O tratamento que se revelou a doença nos efeitos secundários, mas a cura na sua verdadeira essência. Acreditar sempre com muita coragem e com o apoio incondicional da minha família e dos meus amigos foi sem dúvida as minhas aliadas e poderosas armas nesta fatídica luta. Passei por grandes momentos de depreciação, sobretudo na consciência que existia uma vida paralela à minha. A minha estava ali, estanque, naquele campo murado pela enfermidade. A outra, a do lado de fora dos meus muros, seguia o seu caminho, acontecia, jovial. Enquanto ali permaneci tive um porquê por companhia. Hoje, sinto que estou próximo, muito próximo de o descobrir. O porquê. Aquele porquê que durante este tempo todo me acompanhou no pensamento, de mansinho. A resposta, vou descobri-la no que é verdadeiramente importante. No que é verdadeiro.
Quero manter na alma, este doce aroma Primaveril da vida. Como o alquimista que dá alma ao seu perfume, espero também conseguir perfumar a alma de outras mulheres, que como eu travam uma dura batalha contra o Cancro da Mama.
terça-feira, 18 de setembro de 2012
O que é verdadeiramente importante?
Foi durante o mês de Setembro, do passado ano, que com uma rotineira ida ao médico, começou este fandango. Tentei, a bem ou a mal, partilhar aqui um bocadinho, o testemunho na primeira pessoa do que realmente significa ter cancro. Muito foi dito e tudo mais ficou por registar. O primeiro baque, ter que contar à família, aos amigos. O turbilhão de sentimentos, medo, angustia, revolta, raiva, força, esperança, coragem, fé. Tudo à mistura, um verdadeiro cocktail. O tratamento que se revelou a doença nos efeitos secundários, mas a cura na sua verdadeira essência. Acreditar sempre com muita coragem e com o apoio incondicional da minha família e dos meus amigos foi sem dúvida as minhas aliadas e poderosas armas nesta fatídica luta. Passei por grandes momentos de depreciação, sobretudo na consciência que existia uma vida paralela à minha. A minha estava ali, estanque, naquele campo murado pela enfermidade. A outra, a do lado de fora dos meus muros, seguia o seu caminho, acontecia, jovial. Enquanto ali permaneci tive um porquê por companhia. Hoje, sinto que estou próximo, muito próximo de o descobrir. O porquê. Aquele porquê que durante este tempo todo me acompanhou no pensamento, de mansinho. A resposta, vou descobri-la no que é verdadeiramente importante. No que é verdadeiro.
Publicada por
Paula Soares
à(s)
15:25


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Etiquetas:
Reflexões
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